sexta-feira, 11 de maio de 2007

Borges e a Matemática


Borges e a Matemática: Uma Viagem Atraves dos Diálogos Secretos entre o Grande Escritor Argentino e Personagens da Dimensão de Pascal, Russel e Poe
Guillermo Martinez (veja aqui)

Este é um livro interessante que talvez cative leitores menos dados à matemática. Eu, que sou dada à matemática mas menos familiar com o Jorge Luís Borges, fui cativada pelo livro e talvez através dele passe a ser melhor leitora do Borges.
Quem sabe se, através da leitura deste livro, alguns leitores menos dados à matemática passam a 'ver com outros olhos' a matemática?

Aqui fica um excerto para aguçar o apetite.

(a propósito do símbolo Aleph usado pelos matemáticos)


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e4/01_aleph.gif

"Um braço que indica o céu e outro que indica a terra. O símbolo dos números transfinitos, nos quais, como diz Borges, o todo não é maior do que qualquer das partes. Trata-se de um dos conceitos da matemática que realmente fascinava Borges. É a quebra de um postulado aristotélico segundo o qual o todo deve ser maior do que qualquer das partes, e eu gostaria de explicar brevemente como surge esta ideia do infinito na matemática.
Até 1870, altura em que
Cantor começa os seus trabalhos sobre a teoria dos conjuntos, os matemáticos serviam-se de outro símbolo para o infinito, um 8 deitado... e pensavam que, na realidade, havia um único infinito, não se interrogavam sobre a possibilidade de haver diferentes variedades de infinito. Como chega Cantor à sua ideia de infinito, que é a ideia que suscite este primeiro paradoxo?" (pg. 17)

E se na escola, existisse tempo para que alunos e professores pudessem dedicar-se a leituras como estas? Não será que se conseguia cativar mais alguns alunos tanto para a literatura como para a matemática? E, muito importante, podia ajudar a que eles tivessem acesso a alguma da dimensão criativa da matemática...

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